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"Em 2022, o Brasil ocupava a 13ª posição no ranking internacional em produção científica. A pós-graduação brasileira é reconhecida por sua qualidade no que se refere a mérito acadêmico. E, para além da pesquisa, cada vez mais universidades, centros de pesquisas e órgãos governamentais ligados à educação e à ciência estão atentos à necessidade de que esse mérito acadêmico seja transferido para a sociedade.

Uma pesquisa recente reconhece que 95% de toda a pesquisa científica realizada no Brasil hoje é feita por universidades públicas, através de seus programas de pós-graduação. Portanto, um dos maiores desafios contemporâneos das universidades é como extrapolar seus muros e transferir esse conhecimento à população.


Produção acadêmica e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável



As pesquisas podem produzir impactos na sociedade de duas formas. O impacto potencial — que, como o próprio nome diz, potencializa o impacto, mas não necessariamente o gera. E o impacto real, como quando, por exemplo, uma política pública que é implementada, uma tecnologia é adotada por uma empresa ou um novo medicamento é lançado. Em geral, a pesquisa científica gera o impacto potencial, que pode ou não acabar se tornando impacto real.

Para medir esses impactos da produção científica na sociedade, um trabalho que vem ganhando expressão é o que avalia o impacto das ciências ambientais na Agenda 2030 da ONU, que estabelece os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

A Agenda 2030 surge do interesse intergovernamental, no âmbito das Nações Unidas, de estabelecer um desenvolvimento sustentável que possa garantir a mesma qualidade de vida para gerações futuras. Dos 17 ODS criados pela Agenda, seis se referem à dimensão social, outros seis à dimensão ambiental, três à econômica e dois ao que chamamos de institucional.


Em duas frentes distintas, temos desenvolvido aparatos que permitem fazer a correlação entre a produção da pós-graduação e o potencial que ela tem de impactar os 17 ODS. Uma equipe do Núcleo de Pesquisa da Pós-Graduação na Sociedade (NuPIS), criado no âmbito do Instituto de Estudos Avançados (IEA / USP) e sediado na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), está aperfeiçoando um algoritmo que correlaciona as dissertações de mestrado e teses de doutorado com os 17 ODS, inclusive a outros três adjacentes, oriundos de uma iniciativa brasileira.

E a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes), por sua expertise em avaliação, criou um Grupo de Trabalho sobre Impacto da Pós-graduação Brasileira na Agenda 2030 (GT IpgB Agenda 2030), que envolve as suas 50 Áreas de Avaliação, o Fórum de Pró-reitores de Pós-graduação (FOPROP) e a Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG), por ocasião da 30ª Conferência das Partes (COP) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a ser realizada na Amazônia brasileira, Belém, em novembro de 2025.

As duas iniciativas colaboram em rede. Estamos bastante próximos de termos um software de acesso aberto em que você coloca o título, o resumo e as palavras-chave de uma tese e o algoritmo estabelece os percentuais de correlação com as ODS."


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