Este post é reprodução integral de um post do BLOG THE CONVERSATION:


"Pequenas partículas de plástico estão em toda parte: no solo onde nossos alimentos são cultivados, na água que bebemos e no ar que respiramos. Elas foram parar lá por causa do plástico que jogamos fora e que acaba em aterros sanitários, rios e mares. Nestes locais, os resíduos plásticos se decompõem lentamente, liberando partículas ainda mais minúsculas, chamadas microplásticos e nanoplásticos, no ambiente.


Os microplásticos também estão sendo cada vez mais encontrados em todo o corpo humano. Não temos certeza de como eles chegam lá, embora existam três rotas prováveis. Podemos ingerir microplásticos quando comemos e bebemos, respirá-los por meio de nossos pulmões ou absorvê-los pela pele. Recentemente, foi sugerida outra rota, pela qual os microplásticos entram em nossos narizes e, a partir daí, vão diretamente para nossos cérebros.

Durante muito tempo, pensava-se que o cérebro humano existia em um esplêndido isolamento do resto do corpo. A chamada barreira hematoencefálica, uma camada especial de células, protege o cérebro de todos os tipos de patógenos e substâncias nocivas. Agora sabemos, porém, que a barreira hematoencefálica pode ser rompida, pois foram encontradas pequenas partículas de plástico no cérebro humano.


Novas pesquisas sugerem que a barreira hematoencefálica tem pelo menos um ponto vulnerável pelo qual os microplásticos podem entrar no cérebro. Esse possível ponto de entrada foi sugerido por pesquisadores da Freie Universität Berlin e da Universidade de São Paulo (USP). Este ponto está no nariz, onde há nervos especiais, os nervos olfativos, que detectam os odores.

Os nervos olfativos partem do interior do nariz, atravessam o crânio e vão diretamente para uma parte do cérebro chamada bulbo olfativo. Os pesquisadores sugerem que as micropartículas respiradas pelo nariz podem, de alguma forma, ser transportadas pelos nervos olfativos até o cérebro."


Este post pode ser lido na íntegra no blog THE CONVERSATION neste link

Todas as imagens utilizadas neste post foram captadas e pertencem ao banco de imagens acessado pelo site de buscas GOOGLE